Falar sobre acessibilidade no enoturismo é falar sobre pertencimento, respeito e oportunidades. É reconhecer que todas as pessoas — com ou sem deficiência — têm o direito de viver experiências significativas, acolhedoras e sem barreiras. A inclusão no turismo do vinho vai além de rampas e sinalizações: ela passa pela escuta, pela empatia, pela adaptação de serviços e pelo desejo genuíno de promover autonomia.
Na Salton, esse compromisso se materializa na prática por meio de projetos que integram a Jornada Consciente e, mais recentemente, com a publicação do Guia de Acessibilidade no Enoturismo, desenvolvido em parceria com o Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), um documentoque orienta e inspira todo o setor a transformar rotas, espaços e relações.
A experiência enoturística como direito de todos
Visitar uma vinícola, degustar um vinho, participar de uma vindima ou apenas caminhar entre parreirais são experiências que encantam, emocionam e ficam na memória. Mas por muitos anos, esses momentos estiveram fora do alcance de pessoas com deficiência visual, auditiva, motora ou intelectual. Mudanças significativas têm acontecido, e elas ganham ainda mais força quando acompanhadas de propósito.
O enoturismo acessível garante que cada visitante seja acolhido com respeito às suas necessidades e singularidades. Isso envolve desde o desenho arquitetônico dos espaços até a comunicação, o atendimento e a formação das equipes. É sobre criar possibilidades, não limitações.
Acessibilidade é mais do que estrutura: é atitude
Uma adega com elevador ou um cardápio em braile são avanços importantes, mas não bastam sozinhos. A acessibilidade plena envolve também a postura dos profissionais, a linguagem usada nas abordagens, a forma como as informações são compartilhadas, a atenção aos detalhes.
É por isso que o compromisso da Salton vai além da infraestrutura. A Casa di Pasto Salton, por exemplo, conta com piso tátil, mobiliário adequado, materiais em Libras e braile, além de uma equipe capacitada para receber todos com empatia. Essa combinação de estrutura com atitude torna a experiência mais humana, mais verdadeira e muito mais rica para todos.
O Guia de Acessibilidade no Enoturismo: uma ferramenta transformadora
Criado em 2023 em parceria com o Instituto Federal do Rio Grande do Sul (IFRS), o Guia de Acessibilidade no Enoturismo é um marco para o setor. Ele nasce da escuta ativa de pessoas com deficiência, que participaram diretamente do desenvolvimento do projeto, compartilhando suas vivências, opiniões e sugestões.
O resultado é um material prático, sensível e inspirador, que oferece diretrizes claras para vinícolas e empreendimentos turísticos. Desde a comunicação até a sinalização, passando pela formação de equipes e pelas adaptações nos espaços físicos, o guia propõe um enoturismo mais democrático, acolhedor e consciente.
Relatos que inspiram e ampliam horizontes
No Instagram da Jornada Consciente Salton, histórias como a do Felipe — que participou da construção do guia — e do Everaldo, consultor em acessibilidade virtual para pessoas com deficiência visual, mostram como a inclusão real transforma tanto quem recebe quanto quem acolhe.
Esses relatos reforçam que acessibilidade não é apenas sobre estrutura, mas sobre respeito, escuta e valorização das singularidades. Ao abrir suas portas com consciência, a Salton não só amplia seu público, como também enriquece o enoturismo como um todo.
Cada visitante traz consigo um universo de experiências. Ao garantir acessibilidade, garantimos também o direito à descoberta, à apreciação e à memória. E isso faz com que o turismo do vinho cumpra seu papel mais bonito: ser celebração da diversidade humana.
Fique por dentro da nossa Jornada Consciente no Instagram: @jornadaconscientesalton
Por que acessibilidade é um pilar do futuro sustentável
A acessibilidade não é apenas um gesto de inclusão — é um componente essencial da sustentabilidade. Segundo o Relatório de Sustentabilidade da Salton 2024, as ações inclusivas fazem parte do compromisso da empresa com os pilares ESG: ambiental, social e de governança.
Garantir que todas as pessoas tenham acesso ao enoturismo é uma forma de respeitar o presente e preparar o futuro. Um futuro em que todos possam brindar, participar e fazer parte. Isso fortalece comunidades, valoriza talentos, gera pertencimento e reforça a responsabilidade social das organizações.
Caminhos para um enoturismo mais inclusivo
Se você trabalha com turismo, enogastronomia ou eventos, considere estas boas práticas:
- Promova formações em acessibilidade para sua equipe;
- Tenha materiais em formatos acessíveis: Libras, braile, QR Code com áudio;
- Invista em sinalização tátil e mobiliário adequado;
- Adapte roteiros com base em escuta ativa dos públicos;
- Trate acessibilidade como valor, e não como obrigação legal.
A mudança começa com disposição para ouvir, aprender e agir. E os resultados aparecem: não só no aumento da visitação, mas na qualidade das experiências geradas.
Quando a acessibilidade é natural
A verdadeira inclusão acontece quando a acessibilidade deixa de ser percebida como algo especial e passa a ser natural. É quando todos podem circular por um espaço sem precisar pedir ajuda, quando a comunicação alcança todos os públicos, quando a experiência é fluida, respeitosa e igualitária.
Na prática, isso significa que uma pessoa cadeirante não precisa se preocupar se há degraus, que uma pessoa com deficiência visual sente segurança para explorar o ambiente, que uma pessoa com deficiência auditiva consegue compreender e interagir. Esse é o cenário ideal: onde o acesso está garantido antes mesmo da chegada do visitante.
Um brinde à diversidade
Cada pessoa tem sua maneira única de viver o mundo - e o enoturismo pode (e deve) refletir essa diversidade. Ao criar experiências acessíveis, abrimos espaço para novas conexões, ampliamos nossos horizontes e tornamos o ato de brindar mais inclusivo.
Na Salton, as iniciativas da Jornada Consciente caminham para esta direção. Acreditamos que uma taça de vinho tem o poder de reunir histórias, culturas, gerações, e agora, também, diferentes formas de presença.
Um brinde à diversidade, à empatia e ao futuro que estamos construindo juntos!