O vinho, uma das bebidas mais adoradas e celebradas ao redor do mundo, tem uma história rica e fascinante. Seu prestígio universal é resultado de milênios de sofisticação e aprimoramento, tornando-se símbolo de elegância e bom gosto. A seguir, vamos explorar 10 fatos sobre vinhos pouco conhecidos e que certamente irão surpreender você.
Seja você um sommelier experiente ou um entusiasta dessa bebida milenar, prepare-se para se surpreender. Desde curiosidades históricas até informações inusitadas sobre a produção e degustação, veja mais sobre esse universo enológico repleto de segredos e mistérios.
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O vinho mais antigo do mundo
O vinho mais antigo já encontrado tem a data de aproximadamente 6000 a.C. Descoberto na Grécia, o rótulo é uma prova do longo relacionamento entre a humanidade e essa bebida.
Guardado em ânforas de cerâmica, foi encontrado em um sítio arqueológico que nos revela muito mais do que o gosto dos nossos ancestrais. A preservação deste vinho até os nossos dias é um feito notável e levanta várias questões interessantes sobre as técnicas de vinificação e armazenamento da época.
Qual seria o sabor de um vinho com tanto tempo de conservação? Essa e outras perguntas abrem portas para uma exploração mais profunda da vitivinicultura e sua evolução ao longo do tempo.
A vinícola mais antiga do mundo
A vinícola mais antiga do mundo em operação é a Staffelter Hof, na Alemanha, cujas origens remontam ao ano de 862. Este fato surpreende não apenas pela profundidade histórica da viticultura na região, mas também ilustra a longevidade e tradição da vinícola através dos séculos.
A Staffelter Hof tem sido um testemunho vivo da evolução da produção de vinho, adaptando-se a inúmeras mudanças econômicas, sociais e tecnológicas ao longo de mais de um milênio. E este legado contribui para a rica tapeçaria da cultura vinícola global e serve como inspiração para vinícolas em todo o mundo, provando que a dedicação à terra, à tradição e à inovação pode resultar em uma história duradoura e bem-sucedida.
A rolha de cortiça
A rolha de cortiça continua sendo a preferida para vedar garrafas de vinho devido à sua capacidade única de permitir uma micro-oxigenação. Esse processo estimula o envelhecimento do vinho, pois facilita a evolução de seus sabores e aromas ao permitir a entrada controlada de oxigênio sem comprometer a integridade do líquido.
Ademais, a cortiça é proveniente da casca do sobreiro, sendo extraída de forma sustentável, o que permite que a árvore se regenere para futuras colheitas, alinhando-se às práticas de produção ecologicamente corretas.
Países com mais produção de vinho
Os países líderes na produção de vinho mundial são a Itália, França e a Espanha, formando o que muitos chamam de o "triângulo do vinho", na Europa. Estes países dominam a produção global devido à extensão de suas vinhas e à quantidade de vinho produzido, além da qualidade e diversidade dos seus vinhos.
A Itália, que frequentemente disputa o topo do ranking com a França, é célebre por uma vasta gama de vinhos, de seus tintos robustos e encorpados a brancos leves e aromáticos, destacando regiões como a Toscana e o Piemonte.
A França, por sua vez, é mundialmente reconhecida pela produção de vinhos de prestígio, especialmente de Bordeaux, Borgonha e Champagne, que se tornaram sinônimos de excelência vinícola.
Já a Espanha, não fica para trás, e é notável pela sua extensa área de vinhas, a maior do mundo, produzindo rótulos valorizados pela sua relação qualidade-preço, especialmente de regiões como Rioja e Ribera del Duero. Juntos, esses países influenciam o mercado global de vinho e contribuem para a preservação e inovação das tradições vinícolas, perpetuando a rica cultura do vinho através das gerações.
A origem da tradição de brindar com taças
A tradição de brindar com taças, uma prática comum em celebrações e encontros sociais ao redor do mundo, tem raízes que mergulham profundamente na antiga Grécia.
Originalmente, esse gesto tinha um propósito prático além do simbolismo social: era uma maneira de assegurar aos convidados que a bebida não estava envenenada, uma preocupação legítima em tempos de intrigas políticas e desconfiança.
Ao brindar, os anfitriões podiam permitir que um pouco de sua bebida se misturasse com a dos outros, demonstrando assim confiança e camaradagem.
Com o passar dos séculos, o ato de brindar evoluiu de uma garantia de segurança para um símbolo de boa vontade, celebração e desejos de saúde e felicidade entre os participantes.
Todo champagne é um espumante mas nem todo espumante é um champagne
Existe uma diferença que muitas vezes confunde tanto iniciantes quanto entusiastas: todo champagne é um espumante, nem todo espumante pode ser chamado de champagne. Esta diferenciação não se baseia apenas na semântica, mas em rigorosas denominações de origem que protegem a integridade e a tradição do verdadeiro champagne.
O termo "champagne" é exclusivamente reservado para os espumantes produzidos na região de Champagne, na França, seguindo métodos tradicionais e criteriosos que têm sido aperfeiçoados ao longo de séculos.
Por outro lado os espumantes abrangem uma variedade de bebidas produzidas em diferentes regiões ao redor do globo, cada uma com suas próprias técnicas e características.
Vinho pode ajudar na prevenção do diabetes e câncer
Estudos recentes sugerem que o consumo moderado de vinho pode ter efeitos benéficos na prevenção de doenças crônicas como diabetes tipo 2 e de certos tipos de câncer. Esta associação é frequentemente atribuída à presença de compostos antioxidantes no vinho, especialmente o resveratrol, encontrado na casca das uvas.
O resveratrol é conhecido por suas propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes, que podem ajudar a proteger as células contra os danos que levam ao desenvolvimento de doenças crônicas.
Os antioxidantes presentes no vinho podem contribuir para a inibição do crescimento de células cancerígenas, especialmente nos casos de câncer de mama e cólon. É importante destacar, porém, que a moderação é chave, pois o consumo excessivo de álcool pode ter efeitos adversos significativos na saúde.
Harmonizações inusitadas
Um fato curioso na harmonização de vinhos é a parceria entre rótulos doces e pratos picantes. Contra a intuição de muitos, vinhos com uma doçura perceptível, podem harmonizar muito bem com pratos picantes, como aqueles encontrados nas culinárias tailandesa e indiana.
A doçura do vinho atua como um contraponto refrescante ao calor das especiarias, criando um equilíbrio no paladar que tanto suaviza a picância quanto realça os sabores subjacentes do prato.
Essa combinação destaca a harmonização de vinhos, onde características aparentemente opostas, quando combinadas, podem produzir uma experiência gastronômica única, desafiando preceitos e abrindo novas portas para a exploração sensorial.
Vinho mais caro do mundo
Um dos fatos mais surpreendentes do mundo do vinho é a existência de garrafas que alcançam preços astronômicos, como o caso do Romanée-Conti Grand Cru, considerado por muitos o vinho mais caro do mundo.
Com apenas 600 garrafas, a safra de 1945 foi vendida na cotação atual por aproximadamente R$ 2,7 milhões. Esse feito estabeleceu um novo recorde para o vinho mais caro já vendido e reafirmou o Romanée-Conti como um dos tesouros mais cobiçados no mundo do vinho.
Maioria dos vinhos espumantes não tem safra
No universo dos vinhos espumantes, há um detalhe curioso que muitas vezes passa despercebido por degustadores menos atentos: a maioria destes vinhos não apresenta uma safra específica em seu rótulo.
Isso ocorre porque os produtores de espumantes escolhem mesclar vinhos de diferentes anos para criar o produto final. Essa técnica, conhecida como assemblage, permite que as vinícolas mantenham um padrão de sabor e qualidade consistente ano após ano, compensando as variações climáticas que podem afetar a uva em cada safra.
Essa prática é especialmente comum em regiões famosas pela produção de espumantes, como a Champagne, na França, onde a consistência e a qualidade são marcas registradas que os consumidores esperam encontrar em cada garrafa.